quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Um dia de trabalho no Showlivre

Mel Ravasio, cantora do Lipstick. Foto: Duca Mendes

Capítulo 2: “Lipstick e a queda do universo”

Por João Vicente Seno Ozawa*

Trabalho no setor de mídias sociais e marketing do Showlivre e, com alguma freqüência, recebo mensagens sobre como é trabalhar por aqui. Na maior parte dos casos, são pessoas que têm vontade de fazer parte da equipe e acreditam que deva ser incrível trabalhar com música o dia inteiro, só pensar nisso, só conversar sobre isso e, ainda, ganhar dinheiro com isso. Eu vou dizer que nunca trabalhei em um lugar como o Showlivre. Então, resolvi juntar o útil ao agradável e contar um pouco do meu olhar sobre o dia-a-dia que se passa aqui, episódios bacanas e, quem sabe, sanar um pouco a curiosidade dos que perguntam.

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Dia 20 de julho, uma terça-feira, a banda Lipstick era a convidada do Estúdio Showlivre. Ao contrário do que o senso comum poderia esperar de um grupo formado apenas por mulheres, a banda não só não se atrasou, como chegou uma hora antes do combinado. O senso comum, como se sabe, é repleto de valores questionáveis.

Com a chegada da banda, foi dado o sinal para o início da correria das gravações. O pessoal da edição, que captura a matéria-prima registrada pelos cinegrafistas e transforma nas imagens que você assiste, já dá os primeiros passos na filmagem dos bastidores do programa. O Showlivre.com completa dez anos e, dentre os vídeos produzidos especialmente para as comemorações, estão sendo feitas imagens do que acontece por trás das câmeras, como você pode conferir no Estúdio Showlivre com Vitor & Vitória.

A vinheta vai ao ar, Clemente Nascimento anuncia o programa, a banda toca a primeira música e... tudo de novo. Por algum motivo misterioso a transmissão não funcionou e o apresentador pede para que a banda comece novamente – ele logo informa que não quis interromper antes porque elas estavam mandando muito bem. Realmente, está para nascer algo tão constrangedor quanto interromper a execução de uma música bem no meio. Problema resolvido, o programa começa e “agora vai”.

Eu, de minha parte, fico no estúdio com um laptop e começo a responder os tweets enviados ao nosso perfil, @Showlivre. Ou melhor, tento, porque até a conexão da internet wireless, que tem nada a ver com a outra, resolveu não dar as caras. Vou até a sala da equipe técnica em busca de ajuda e ouço os primeiros comentários sobre o tal problema na transmissão do vídeo. Volto ao estúdio para tentar novamente e sucumbo diante da implacável wireless. Decididamente, não é o dia.

Subo as escadas em busca de um cabo de rede e, quando olho para o computador na minha mesa, Clemente me avisa, via MSN, que não está conseguindo acessar o chat e pede para que eu passe as perguntas dos espectadores para ele. Como se sabe, um ser humano não é divisível por dois e me rendo novamente – ao invés de acompanhar a gravação in loco, resolvo permanecer em minha mesa. Uma escolha certeira, diga-se de passagem, pois nesses minutos em busca de uma conexão, o perfil do Twitter @Showlivre começou a receber diversas mensagens com indagações sobre problemas na transmissão. Infelizmente, algumas pessoas não conseguiram acompanhar o programa ao vivo, em virtude do número elevado de acessos.

Aliás, este é um bom momento para reforçar o pedido de desculpas: todos os vídeos já estão no Showlivre.com e tomamos as medidas necessárias para evitar um acontecimento semelhante. Porém, vale a reflexão de que, se nossa transmissão atingiu seu limite, é porque nossa audiência está aumentando, o que nos permite trazer mais atrações bacanas. E assim caminha a humanidade. Ou melhor, o Showlivre.com. Tentando dar passos em paralelo aos que assistem e em busca do melhor. Sugestões? Mande-nos um tweet!

*João Vicente Seno Ozawa é do setor de Mídias Sociais e Marketing do Showlivre.com e escreve no blog Muito horror show.

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